A Fé, é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Hb.11:1

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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

 

Continuação

 

História do Calendário

( No ano 708 da fundação de Roma ( 46 a.C. pela contagem cristã), Júlio Cesar estabeleceu o Calendário Juliano, começando o ano com 1º de Janeiro. Mas foi só no século sexto A.D. que Dionísio Exíguo, um monge cita que morava em Roma, e que estava confirmando o ciclo da Páscoa, deu origem ao sistema de contagem do tempo a partir do nascimento de Cristo.

Gradualmente, este uso se espalhou, sendo adotado na Inglaterra pelo Sínodo de Whitby em 664, até que ganhou aceitação universal.

Em 1582, o Papa Gregório XIII reformou o calendário Juliano. Contudo, um exame mais detalhado prova que a contagem de tempo, pelo nascimento de Cristo, estava errado desde o começo em diversos anos. Assim, concorda-se atualmente que o nascimento de Cristo deveria ser colocado em cerca de 6-4 a.C.).

 

V. 2 – A sua estrela. Deve ser uma alusão a Nm. 24:17;  “uma estrela procederá de Jacó”, que alguns textos judaicos antigos interpretam como símbolo do Messias.

V. 4 – Escribas. Os escribas eram assim chamados porque era sua tarefa copiar as Escrituras, classificar e ensinar os preceitos da lei oral e manter o registro cuidadoso de cada letra das obras do V. T.. Um oficio destes se fazia necessário numa religião de lei e preceitos e era uma função do V. T. . 2Sm. 8:17; 20:25; 1Rs. 4:3; Jr. 8:8; 36:10,12,26. A este trabalho legitimo os escribas acrescentavam um registro de decisões rabínicas sobre questões do ritual (Halachoth); o novo código resultante daquelas decisões (Mishua); as sagradas lendas hebraicas ( Gemara, formando junto com o Mishua, o Talmude); os comentários sobre o V. T. (Midrashim); as discussões sobre estes (Hagada); e finalmente, interpretações místicas sobre o V.T.. Que encontravam nas Escrituras outros significados além dos óbvios, gramaticais e léxicos ( a Kabala), parecido com o método alegórico de Orígenes. No tempo de nosso Senhor, os fariseus consideravam como ortodoxia aceitar este volume de obras superimpostas que obscureciam as Escrituras. Dando-lhes mais valor, do que às Escrituras.

V. 6 – Há de apascentar. A imagem do pastor foi tirada da vida rural e usada desde tempos antigos, Jo. 10;11; Mq. 5:2.

V. 11 – na…menino. Jesus não estava mais no estábulo, Lc. 2:7. Esta visita ocorreu algum tempo depois do nascimento, v.1;v.16.

Menino pode indicar também “recém nascido”, Jo. 16: 21.

Ouro, incenso e mirra. Riquezas e perfumes da Arábia Jr. 6:20; Ez. 27:22. Ainda que os magos não tivessem consciência do valor simbólico de seus presentes, Mateus os registra para mostrar o cumprimento da passagem do Antigo Testamento, onde os gentios trazem suas riquezas ao rei de Israel, Sl. 72:20; Is. 60:6. Os pais da igreja entendiam o ouro como símbolo da divindade de Jesus; o incenso da Sua pureza e a mirra, de Sua morte ( uma vez que era usado para embalsamar).

V. 15 – …”Do Egito chamei o meu filho”. A citação é de Os. 11:1 que se refere ao povo de Israel como filhos do Senhor, Êx. 4:22. Deus fez voltar da escravidão do Egito o “seu filho” Israel; agora Jesus “o seu filho” por excelência, também esteve exilado naquele mesmo país. (Exemplifica o principio dos pronunciamentos proféticos que geralmente têm um significado latente mais profundo que parece à primeira vista). Compare Is. 41:8; com Is. 42:1-4 e 52:13,14, onde servo-nação e o Servo-Filho ambos foram focalizados; também Rm. 9:4,5.

 

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

CAPITULO 2 (Mt.)

 

Depois de ter apresentado no cap. 1 a pessoa de Jesus, filho de Davi e filho de Deus, Mateus, no cap. 2, define a sua missão como salvação oferecida aos pagãos, cujos sábios ele atrai para sua luz (vv. 1-12), e como sofrimento no seio do seu próprio povo, cujas experiências dolorosas revive: o primeiro exilio no Egito (12-15), o segundo cativeiro (16-18), a volta humilde do pequeno “Resto”, naçur (19-30); cf. v. 23). Essas narrativas de caráter hagádico ensinam, por meio de acontecimentos, aquilo que Lc. 2:30-34 ensina pelas palavras proféticas de Simeão (cf. Lc. 2:34).

 

V. 1- Belém. Situada a curta distancia ao sul de Jerusalém, terra natal do rei Davi, (1Sm. 16:1; Lc. 2:4-7).

…Herodes. Chamado o Grande, descendente de prosélitos (gentios convertidos ao judaísmo) idumeus, chegou a ser rei do território da Judéia dominado pelos romanos, governou como vassalo de César durante os anos 37-4 a.C..

Sua família era nominalmente judia, mas eles eram na verdade idumeus, (edomitas ver Gn. 36:1). Os romanos designaram seu bisavô, Antipas (morreu em 78 a.C.), governador da Idumeia e Júlio César fez seu Antípater, procurador da Judéia (47-43 a.C.).

O triúnviro romano, Marco António, designou Herodes, o Grande tetrarca da Galileia, em 37 a.C.. Seu reino acabou abrangendo a Judéia, a Idumeia, a Samaria, a Galiléia, a Peréia e outras regiões para o lado de Aurã.

Herodes desenvolveu grandemente o esplendor de Jerusalém, levantando o templo, que era o centro do culto judeu, no tempo de nosso Senhor.

A matança das crianças de Belém, ordenada por Herodes (v.16) estava de acordo com o seu caráter cruel. Herodes morreu em março de 4 a.C., e foi substituído por seu filho Arquelau, Mt. 2:22.

A referencia a Herodes permite fixar o nascimento de Jesus como tendo ocorrido entre os anos 6-4 a.C.. No calendário atual por um erro de calculo, colocaram o começo da era cristã, vários anos mais tarde.

…Uns Magos. “Magos” vem do grego magoi, uma palavra persa indicando homens versados no estudo das estrelas. O termo aqui, se refere a personagens de um país oriental não especificado, que estudavam os astros e viam neles sinais do curso da história humana, pensa-se na Pérsia, na Babilónia, ou na Arábia do Sul como sendo a terra destes sábios astrólogos. O texto não diz quantos eram, ou que eram reis. Estes representam, antecipadamente os povos não judeus que chegaram a reconhecer Jesus como o Cristo ou o Messias. Esta adoração dos magos era também o cumprimento dos oráculos messiânicos a respeito da homenagem que as nações prestariam ao Deus de Israel, (Nm. 24:17; Is. 49:23;; 60:5; Sl. 72:10-15).

 

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domingo, 19 de fevereiro de 2012


Mt. Cp. 1 – Continuação

Maria

Na verdade o nome deveria ser Miriam ou Miryam (hebraico) e não Maria, com foi traduzido o nome da irmã de Moisés.
Depois da história do Nascimento de Jesus e de sua visita a Jerusalém aos 12 anos, pouquíssimo se diz de Maria.
De acordo com a interpretação corrente  de Mt. 13:55,56, ela foi mãe de pelo menos mais seis filhos, além de Jesus. Por sugestão sua, Jesus converteu água em vinho, em Caná da Galiléia, seu primeiro milagre, Jo. 2:1-11.
Depois se menciona que ela tentou entrar em contato com Ele no meio de uma multidão, Mt. 12:46; Mc.3:31; Lc. 8:19; quando Jesus indicou claramente que as relações de família entre Ele e Sua mãe não ofereciam a esta, nenhuma vantagem espiritual particular.
Ela esteve presente à crucificação e foi entregue por Jesus aos cuidados de João, Jo. 19:25-27. Não há noticia de Jesus haver aparecido a ela após a ressurreição, embora aparecesse a Maria Madalena.
A última menção que dela se faz é em At. 1:14, quando esteve com os discípulos a orar. Eis tudo quando a Escritura diz de Maria.
Das mulheres que acompanharam Jesus na sua vida pública. Maria Madalena parece ter desempenhado papel mais preponderante do que a mãe de Jesus, Mt. 27:56-61; 28;1; Mc. 15:40,47; 16:9; Lc. 8:2; 24:10; Jo 19:25; 20: 2-28.


Profecias sobre Cristo no Antigo Testamento, citadas nos Evangelhos.
Visto que Mateus emprega abundantes citações do A.T., mostrando assim seu gosto por enquadrar os incidentes e aspectos da vida de Cristo, nas previsões proféticas, é conveniente fornecer agora uma lista das profecias do A.T.; citadas nos quatro Evangelhos, particularmente Mateus, como referentes a Cristo. A maioria delas refere-se bem claramente ao Messias. Algumas não diríamos que a Ele se referem, senão porque escritores inspirados o dizem. Quanto a nós entretanto, estamos inteiramente satisfeitos com as interpretações que o N.T. apresenta de passagens do A.T.. Registram elas o que Deus quis dar a entender nessas passagens.
Cristo seria da família de Davi, Mt. 22:44; Mc. 12;36; Lc. 1:69,70; 20:42-44; Jo. 7:42; 2Sm. 7:12-16; Sl. 89: 3,4; 110:1; 132:11; Is. 9:6,7; 11:1.
Nasceria de uma virgem, Mt. 1:23; Is. 7:14.
Nasceria em Belém, Mt. 2:6; Jo. 7:42; Mq. 5:2.
Peregrinaria no Egito, Mt. 2:15; Os. 11:1.
Viveria na Galiléia, Mt. 4:15; Is. 9:1,2.
Viveria em Nazaré, Mt. 2:23; Is. 11:1.
Sua vinda seria anunciada por um mensageiro semelhante a Elias, Mt. 3:3; 11:10-14; Mc. 1:2,3; Lc. 3:4-6; 7:27; Jo. 1:23; Is. 40:3-5; Ml. 3:1; 4:5.
Sua vinda daria ocasião a um massacre de meninos em Belém, Mt. 2:18; Gn. 35:19,20; 48:7; Jr. 31:15.
Proclamaria um jubileu ao mundo, Lc. 4:18,19; Is. 58:6; 61:1.
Seria enviado aos gentios, Mt. 12:18-21; Is. 42:1-4.
Seu ministério seria de cura, Mt. 8:17; Is. 53:4.
Ensinaria por parábolas, Mt. 13:14,15,35; Is. 6:9,10; Sl. 78:2.
Seria desacreditado, odiado e rejeitado pelos governantes, Mt. 15:8,9; 21:42; Mc. 7:6,7; 12:10,11; Lc. 20:17; Jo 12:38-40; 15:25; Sl. 69:4; 118:22; Is. 6:10; 29:13; 53:1.
Entraria triunfalmente em Jerusalém, Mt. 21:5: Jo. 12:13-15; Is. 62:11; Zc. 9:9; Sl. 118:26.
Seria como um pastor ferido, Mt. 26:31; Mc. 14:27; Zc. 13:7.
Seria traído por um amigo e vendido por trinta moedas de prata, Mt. 27:9,10; Jo.13:18; 17:12; Zc. 11:12,13; Sl. 41:9.
Morreria com malfeitores, Lc. 22:37; Is. 53:12.
Seria sepultado por um rico, Is. 53:9; Mt. 27:57-60.
Dar-lhe iam a beber vinagre e fel, Mt. 27:34; Jo 19:29; Sl 69:21.
Lançariam sortes sobre as Suas vestes, Jo. 19:24; Sl. 22:18.
Até Suas palavras ao morrer foram preditas, Mt. 27:46; Mc. 15:34; Lc. 23:46; Sl. 22:1; 31:5
Nem um osso Lhe seria quebrado, Jo. 19:36; Êx. 12:46; Nm. 9:12; Sl. 34:20.
Seu lado seria traspassado, Jo. 19:37; Zc. 12:10; Sl. 22:16.
Ressurgiria ao terceiro dia, Mt. 12:40; Lc. 24:46; nenhuma passagem especifica é citada sobre isto. Que Ele ressurgiu dos mortos lê-se em At. 2:25-32; 13:33-35; citado definidamente do Dl. 16:10,11. Jesus disse estar escrito que Ele ressurgiria “ao terceiro dia”, Lc. 24:46. Devia ter em mente estas passagens: Os. 6:2; Jn. 1:17. e possivelmente quadro de Iaque sendo livre da morte ao terceiro dia Gn. 22:4. Os dez mandamentos foram dados ao terceiro dia Êx. 19:16.
Sua regeição seria seguida da destruição de Jerusalém, (cumprida no ano 70); e da grande tribulação (ainda por vir), Mt. 24:15; Mc. 13:14; Lc. 21:20; Dn. 9:27; 11:31; 12:1,11.
O próprio Jesus reconheceu que em Sua morte cumpriria as Escrituras, Mt. 26:54,56.
Eis aqui um fato admirável: a história completa da vida de Jesus, seus principais aspectos, acontecimentos e os incidentes que a acompanharam, até os menores detalhes foi claramente predito nas escrituras do Antigo Testamento.

                                    A seguir: Capitulo 2 de Mateus

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

 

Mt. cap. 1 – Continuação

 

V. 22- Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor disse por meio do profeta. O objetivo é mostrar que Jesus deveria ser reconhecido pelos Judeus como sendo o Messias, porque cumpriu aquilo que o Senhor disse sobre o Messias por intermédio dos profetas. Mateus especialmente se preocupa em apontar esses cumprimentos, ( Mt. 2:5,15,17,23; 3:3; 4:14; 8:17; 11:10; 12:17; 13:14,35; 21:4; 22:43; 26:31; 27:9). Por outro lado Mateus não é o único a pensar que as Escrituras se cumprem em Jesus. Mais tarde o próprio Jesus declara que é dele que as escrituras testificam, (Mt. 11:4-6; Lc. 4:21; 18:31; 24:4; Jo. 5:39; 8:56; 17:12)

 

V. 23- … a virgem. Não devemos confundir o termo “nascimento virginal”, com “concepção imaculada”.

O nascimento virginal de Jesus – Ele sendo concebido pelo poder do Espírito Santo de Deus em Maria antes dela ter contato sexual – é aceito por todos os Judeus convertidos e cristãos que acreditam na Bíblia.

A “concepção imaculada”, é a doutrina católico-romana, que diz que a própria Maria foi concebida sem pecado, não é aceita pelos evangélicos por que o Novo Testamento não o diz.

 

V.24 – …e recebeu sua mulher. O comportamento de José mostra que ele recebeu Jesus como seu filho.

V. 25- …não a conheceu. Não teve relações sexuais com ela; não coabitou.

 

José

Muito pouco se diz de José. Foi com Maria a Belém e estava com ela quando Jesus nasceu, Lc. 2:4,16. Também estava presente quando Jesus foi apresentado no Templo, Lc. 2:33. Guiou-os na fuga para o Egito e na volta para Nazaré, Mt. 2:13, 19-23. Levou Jesus a Jerusalém quando este tinha 12 anos, Lc. 2:43,51. Depois disso o que mais se sabe dele é que era carpinteiro e chefe de família de pelo menos sete filhos, Mt. 13:55,56.

Com certeza devia ser um homem exemplarmente bom, para que Deus assim o escolhesse a fim de ser   pai adotivo do Seu filho.

Comumente se pensa que ele faleceu antes de Jesus entrar em seu ministério público, embora a linguagem de Mt. 13:55 e João 6:42 possa implicar que ainda vivia por essa época. Seja como for, já devia ter morrido antes que Jesus fosse crucificado, de outro modo não haveria razão para Jesus entregar sua mãe aos cuidados de João, Jo. 19:26,27.

 

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

 

Continuação  (Mt. cap. 1)

V. 18- desposada; comprometida; noiva. A palavra hebraica/aramaica para noivado, é  “kiddushin”, que significa “santificação, separação, ou seja, a separação de uma mulher em particular para um homem em particular. Sendo o adultério durante o noivado um pecado mais grave do que depois do casamento; havia três tipos de pena de morte: Apedrejamento, ateamento de fogo e decapitação.

…sem que tivessem antes coabitado. Sem haver relações sexuais entre eles.

…Achou-se grávida pelo Espirito Santo. Mais cedo ou mais tarde todos descobririam que Maria estava grávida. Mas nem todos sabiam que ela tinha engravidado como resultado não de relações sexuais, mas da atividade sobrenatural do Espirito Santo. “o nascimento virginal” foi um evento sobrenatural. O Deus que fez os céus e a terra é bastante capaz de levar uma mulher a engravidar de um modo que não é possível na natureza.Mateus informa a seus leitores a concepção sobrenatural de Jesus para refutar a inferência óbvia e natural de que Maria tenha se comportado de forma errada.

 

V. 19 – José seu esposo. O noivado judaico era um compromisso tão real (sagrado) que o noivo José se considerava marido, e não poderia desfazer o noivado senão por um “repudio”, carta de divorcio. (Dt. 22:23-30).

…sendo justo. A justiça de José consistia em que não entendendo como a sua noiva tinha engravidado, não a queria denunciar publicamente, recusando entregar Maria ao processo rigoroso da lei, (Dt. 22:20-22).

…secretamente (em segredo). (para não infamar). Em contraste com o ordário prescrito em Nm. 5:11-31.

 

V. 20 –ponderava. Pensava refletia.

 

V. 21 – “…e chamarás o seu o nome Jesus porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Em português salvar pessoas de seus pecados não é uma razão para chamar alguém de Jesus mais do que chamar de Rodrigo ou Francisco. Em grego não é diferente; apenas em hebraico ou aramaico de fato é valida essa explicação. Somente em Hebraico é que se tem o verdadeiro sentido deste versículo, a palavra hebraica para “ele salvará” é “yoshia”, que tem a mesma raiz hebraica (yud-shin-ayin) do nome Yeshua (yud-shin-vav-ayin). Assim, o nome do Messias é explicado com base naquilo que ele vai fazer. Etimologicamente, o nome yeshua é uma contração do nome hebraico Y’hosha ( em português, “Josué”), que significa “Jeová salva”. Também é a forma masculina da palavra hebraica “yeshu’ah”, que significa “salvação”.

 

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domingo, 12 de fevereiro de 2012

 

Continuação

V.17- Dez gerações mais tarde… Pode haver significados nessas genealogias que não são notados à primeira vista. Por exemplo:

Vemos que entre Adão e Cristo existem exatamente sessenta gerações. Essas sessenta parecem divididas em seis grupos de dez, cada décimo homem sendo de grande importância.

A partir de Adão o primeiro décimo homem é Noé. Nos dias dele, Deus enviou o juízo destruidor sobre toda a raça humana e aparentemente Satanás conseguira abortar a linha messiânica; mas essa linhagem é preservada no justo Noé, demonstrando a indestrutibilidade do proposito divino.

O décimo homem seguinte é Abraão, com quem Deus entrou em aliança incondicional, para que de sua descendência viesse o Messias e em quem todas as famílias da terra seriam abençoadas. .

O próximo décimo homem é Boaz, que se casou com a formosa moabita Rute; e através de Rute uma gentia, todos os povos gentios são incorporados representativamente na esperança messiânica.

Uzias é o décimo homem seguinte – pois a linha messiânica tornou-se agora a linhagem real de Judá, e o Cristo que virá será o Rei dos Reis. Na verdade, foi “o ano da morte do rei Uzias” que Isaias, o maior dos profetas de Israel e Messiânico “viu o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono”, o Messias (Is. 6), sentado no trono que está acima de todos os tronos (Jo. 12:41 nos diz que Isaias viu a Cristo.).

O décimo homem depois dele é Zorobabel, um dos personagens monumentais do Velho Testamento; o príncipe judeu que levou o remanescente judeu de volta á Judeia depois do exilio na Babilônia; Zorobabel é u m tipo de Cristo, como mostra Ageu 2:20-23, sendo o líder supremo de Israel, levando-o do longo exílio á benção Milenar.

Dez gerações mais tarde, lemos “José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo”. Cada décimo homem é típico, profético, uma antecipação: Cristo completa todos.

Não devemos “ler” nisto mais do que existe realmente no conteúdo em questão, embora sejamos naturalmente tentados a refletir que dez é o numero da inteireza, e seis o número do homem pecador. Seis ciclos completos de dez: vindo então Cristo, que é o centro de todas as gerações e o Salvador dos pecadores. A linha termina nele. Está  perfeitamente de acordo,  Ele que é o grande SETE de Deus se seguisse imediatamente a esses seis grupos  dez completados, introduzindo a nova geração espiritual e o reino que, embora presentemente retido, irá coroar os seis mil anos precedentes da história humana, com um sétimo grande dia de mil anos, o Milênio do império mundial do Messias, com seu ciclo exato de tempo de cem vezes (dez vezes dez) dez anos de paz e glória.

 

Vs. 18-25- Sobre a concepção e o nascimento de Jesus compare com Lc. 1:26-38; 2:1-7; Jo. 1:1-2,14.

 

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

 

Continuação

Vs. 3,5,6- Tamar, Raabe, Rute, a esposa de Urias (Bat-sheva) e Maria. Foram mulheres gentias, (menos Maria), a quem Deus honrou incluindo-as entre os ancestrais registrados de Jesus o Messias – por meio de quem (Jesus) os gentios, teriam também a salvação.

Jesus também honrou as mulheres que o serviram com seus bens, durante seu ministério terreno, (Lc. 8:2,3).

Tamar lembra-nos o fracasso de Judá (Gn. 38:6-30);

Rute era uma Moabita (Rt. 1:4) e por isso sujeita a uma maldição especial (Dt. 23;3-5);

Bate-seba, mulher de Urias foi a derrocada de Davi (2Sm. 11).

Maria cumpre Is. 7:14 (v. 23), a mais importante promessa de Gn. 3:15 (Gl. 4:4).

V.16- José. É apenas o pai legal de Jesus, mas mesmo assim Jesus tinha o direito ao trono de Davi, por que aos olhos dos antigos, a paternidade legal (por adoção ou por levirato, etc.) bastava para conferir todos os direitos hereditários; aqui os da linhagem de Davi.

….da qual… A mudança de linguagem é significativa, enfatiza que Jesus não foi concebido do modo usual. Mas pelo Espirito Santo, (vs. 18,20; Lc. 1;27,31,34-38).

…da qual… no grego é feminino singular, não deixa dúvidas de que Jesus nasceu apenas de Maria, e não de Maria e José. Esta é a evidencia mais forte para o nascimento virginal de Jesus.

….Cristo. (Cristos significa ungido), é a forma grega do hebraico Messias (Dn. 9:25,26), é o nome oficial de Nosso Senhor, como “Jesus” é o seu nome humano (Lc. 1:31; 2:21). O nome ou título “Cristo”, liga-o com todas as predições do Velho Testamento, (Zc. 12:8), de um profeta que viria (Dt. 18:15-19), de um Rei (2Sm. 7:12,13). Como estes eram tipicamente ungidos com azeite, (1Rs. 19:15, comp. Ex. 29:7; 1Sm. 16;13), Jesus foi ungido com o Espirito Santo (Mt. 3:16; Mc. 1:10,11; Lc. 3:21,22; Jo. 1:32,33), identificando-o assim oficialmente como o Cristo.  At. 4:24-27; 10:37-40.

 

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

 

Continuação

 

O Antigo Testamento promete a vinda do Justo Servo do Senhor (Is. 42:1-9), que será um profeta como Moisés (Dt.18;18,19) um sacerdote como Melquisedeque (Sl. 110:4) e um rei como Davi, o ungido do Senhor (Is. 55:3-5; Jr. 30:9; Ez. 34:24; Os 3:5: Zc. 12:8). Mateus revela então que Jesus Cristo é o prometido Rei e Libertador.

Filho de.. A palavra hebraica “ben” (filho; filho de) é comumente usada em três diferentes modos na Bíblia e no Judaísmo:

1- Tanto na bíblia quanto no Judaísmo, um homem é normalmente identificado como um filho de seu pai. Por exemplo, se José Silva,  filho de Samuel, é chamado para ler um rolo da Torá na Sinagoga, ele será anunciado não pelo seu nome, mas como José filho de Samuel.

2- “Ben” também pode significar não o filho de fato, mas um descendente mais distante como era o caso neste versículo: Davi e Abraão eram ancestrais distantes de Jesus.

3- Em terceiro lugar, “ben” pode ser utilizado mais amplamente para significar “tendo as características de”, e isso também se aplica aqui: Jesus tinha as qualidades encontradas tanto em Abraão quanto no rei Davi.

Filho de Davi. Abraão e Davi, são destacados porque têm uma importância única na linhagem do Messias. O termo “filho de Davi” é na verdade, um dos títulos do Messias, tendo como base as profecias do V.T., de que o Messias seria um descente de Davi e se sentaria no trono de Davi para sempre, (At. 12:23).

 

Filho de Abraão. Este termo é significativo em pelo menos quatro maneiras:

1- Tanto o rei Davi quanto o rei Jesus seguem seus ancestrais até o individuo escolhido por Deus como pai do povo judeu (Gn. 12:1-3).

2- Jesus é a prometida “semente de Abraão” (Gn. 22:17,18), explicado por Gl. 3:16.

3- A identidade mística do Messias com o povo judeu, aqui sugerida, (2:15), uma vez que todo judeu é um filho de Abraão (3:9).

4- Jesus também tem uma identidade mística com todos aqueles que acreditam nele, sejam judeus ou gentios (Rm. 4:1,11,17-20; Gl.3:29).

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

 

  Continuação

 

Finalidade e Propósito.

Mateus começa o seu livro com a genealogia de Jesus para mostrar (ao povo judeu para quem foi escrito), que Ele (Jesus) cumpre todas as exigências estabelecidas pelo Antigo Testamento, com relação ao Messias – um descente de Abraão (Gn. 22:18), Jacó (Nm. 24:17), Judá (Gn. 49:10), Jessé (Is. 11:1), Davi (2Sm.7:13). As primeiras palavras do livro “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”, sugerem imediatamente ao judeu os dois pactos que contêm promessas do Messias – o davídico e o abraâmico (2Sm. 7:8-16; Gn.12:1-3).

 

V.1- Jesus Cristo. Não é nome e sobrenome, como dá a entender. Mas Jesus (Yeshua, no hebraico significa Iahweh (Deus) salva).É o seu nome em hebraico e aramaico, os idiomas que Jesus falava. (A palavra Jesus representa o esforço das pessoas que falam português ao tentar pronunciar o nome do Messias como aparece nos manuscritos gregos do N.T. “Iêsous’). (O grego foi substituindo o aramaico no Oriente Próximo depois da conquista de Alexandre (331-323) a.C.; por isso o N.T. foi escrito em grego).

Cristo (Messias). A palavra grega aqui é “Cristos”, que tem o mesmo significado que a hebraica “mashiach”, a saber, “ungido” ou “aquele sobre o qual foi derramado”. O significado de ser conhecido como “O Ungido” é que tanto os reis quanto os sacerdotes eram investidos de sua autoridade, numa cerimonia de unção com óleo de oliva (azeite) (Ex. 29:7; 1Sm 16:13. 1Rs. 19;16). Assim inerente ao conceito de “Messias” é a ideia de receber autoridade sacerdotal e real  da parte de Deus.

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sábado, 4 de fevereiro de 2012

CAPITULO 1 (Mt.)

 

A Genealogia de Jesus

 

Está escrita também em Lc. 3:23-38. A vinda de Cristo fora prevista, não somente desde a eternidade, no céu, mas também desde os primórdios da história do mundo.

No passado obscuro, Deus escolhera uma família, a de Abraão, e, mais adiante, outra dentro da família abraâmica, a de Davi, para ser o veículo pelo qual Seu Filho desse entrada no mundo. A nação judaica foi fundada e protegida por Deus, através dos séculos, para salvaguardar a linhagem dessa família.

A genealogia que está em Mateus, é abreviada. Omitem-se alguns nomes, 42 gerações cobrem 2.000 anos. Dividem-se em três partes, de 14 gerações cada, talvez para ajudar a memorização:

a 1ª cobrindo 1.000 anos; a 2ª 400 anos; a 3ª 600 anos, temos então 3 grupos de 14.

No 3ª grupo, entretanto, nomeiam-se só 13 gerações, dando-se a entender evidentemente que Maria seria a 14ª geração.

A genealogia em Lucas é algo diferente. Mateus começa com Abraão; Lucas vai até Adão. Uma é descendente,” gerou”, a outra é ascendente, “Filho de”.

A partir de Davi separam-se em linhas divergentes, que se tocam em Selatiel e Zorobabel.

A opinião comumente aceita, é que Mateus dá a linhagem de José , mostrando que Jesus é o herdeiro legal das promessas feitas a Abrão e a Davi; e Lucas dá a linhagem de Maria, mostrando a descendência física de Jesus, “filho de Davi segundo a carne”, Rm 1:3. A genealogia de Maria, de  acordo com a praxe judaica, dependia do esposo, José era “filho de Heli”, Lc. 1:3. isto é , “genro dele”;  Heli foi o pai de Maria, Jacó o pai de José.

Estas genealogias, registradas mais detalhadamente em 1Cr. 1-9 formam a espinha dorsal dos anais do A.T.. Guardadas cuidadosamente através de longos séculos de vicissitudes históricas, contêm “uma linhagem de família, pela qual se transmitiu uma promessa por 4.000 anos, fato este sem precedentes na história.”

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012


Caracteristicas e Temas

Mateus faz uso intenso, das referencias de “Cumprimento” ao A.T., suas citações não são apresentadas com predições e cumprimento isolados, mas como prova do cumprimento de todas as promessas do Antigo Testamento. Ele mostra a ilegalidade das ações do Sinédrio durante o julgamento de Jesus (26:57-68), a distorção da mensagem do A.T. pelos escribas e fariseus (15:1-9), e a natureza pactual do procedimento de Deus para com o seu povo.
Algo distinto que também encontramos, é a sua apresentação dos ensinos de Jesus, divididos em cinco discursos principais: Ética, discipulado e missão, o reino dos céus, a igreja e o fim dos tempos. Essas cinco divisões podem ter sido baseadas nos cinco livros de Moisés, com o intuito de apresentar Jesus como sendo o Profeta, assim como Moisés em Dt. 18:18.
A maioria dos estudiosos, hoje reconhece as cinco divisões de ensino, como sendo a chave para a estrutura de Mateus, especialmente devido ao fato, de cada discurso terminar com uma expressão como: “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras” (7:28).


        A seguir:  Mateus Capitulo 1º.    Acompanhe com sua Bíblia, para um melhor entendimento.

 

 

O Autor

 

Mateus também chamado Levi, foi o escritor do primeiro Evangelho. O seu nome geralmente aparece no sétimo ou oitavo lugar nas listas dos apóstolos no N.T. (Mt. 10:3; Mc. 3:18; Lc. 6:15). Mateus era um publicano, um judeu que cobrava impostos para o governo Romano.  Por isso, era desprezado pelos judeus, tido como traidor.

Escrito originalmente para os judeus, o Evangelho de Mateus apresenta Cristo (Messias) como o Filho de Davi e o Filho de Abraão. Sendo Ele descrito como Rei, a Sua genealogia é traçada desde o Rei Davi; e o lugar do Seu Nascimento, Belém, o lar de Davi, é enfatizado. Sete vezes neste Evangelho Cristo é chamado de “o filho de Davi” (1:1; 9:27; 12:23; 15:22; 20:30; 21:9: 22:42). Mateus. mais do que qualquer dos escritores dos Evangelhos, identifica acontecimentos e pronunciamentos na vida do nosso Senhor com predições do V.T., como, por exemplo: 1:22; 2:15;  4:14; 12:17; 13:14; 17:23;  26:54-56; 27:9,35.

 

 

                                                              A seguir: Características e Temas

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


Os Quatro Evangelhos Comparados


Os quatro Evangelhos são quatro narrativas acerca do mesmo Homem, expondo em grande parte os mesmos fatos, porém com algumas diferenças.

Somente Mateus e Lucas contam o nascimento e a infância de Jesus, Mateus e Marcos detém-se no ministério da Galileia, Lucas no da Pereia, João no da Judéia; João omite a maior parte do ministério da Galeai e registra visitas a Jerusalém que os outros omitem.
Os outros omitem o ministério da Judéia, exceto a última semana, que todos os quatro apresentam na integra. A última semana ocupa 1/3 de Mateus, 1/3 de Marcos, 1/4 de Lucas e a metade de João. Este dedica sete (7) capítulos, cerca de 1/3 do seu livro, ao dia da crucificação, de um pôr do sol ao outro.

Mateus tem 28 capítulos, Marcos 16, Lucas 24 e João 21, Lucas tem maior número de páginas e é o mais longo, Marcos é o mais breve.




Vista Comparativa dos Quatro Evangelhos


                                                              Mateus          Marcos          Lucas          João
A existencia de Jesus antes da encarnação                                                                                                          1:1-3

O nasc. e infancia de Jesus              1,2                                          1,2
                                                                                                         
João Batista                                       3:1-12                1:1-8            3:1-20         1:6-42

O batismo de Jesus                           3:13-17               1:9-11         3:21,22

A tentação de Jesus                           4:1-11                1:12,13          4:1-13

O milagre preliminar                                                                                               2:11  
                                                                                                        
Ministério na Judéia (uns 8 meses)                                                                   2:13-4:3

Visita a Samaria                                                                                                4:4-42

Minist. da Galiléia (uns 2 anos)    4:12-19:1        1:14-10:1        4:14-9:51           4:43-7:1

Visita a Jerusalém                                                                                                 5:1-47

Minist. da Peréia e fim do
 da Judeia (uns 4 meses)              19,20               10          9:51-19:28              7:2-11:57


A última semana                            21-27            11-15       19:29-24:1                 12-19

Ministério de Após-Ressurreição    28                 16               24                         20-21

                                                      Mateus         Marcos        Lucas                    João

                                                                                           

                                                                      A seguir: O Autor








O Problema Sinótico

Mesmo uma lida rápida nos quatro Evangelhos, nos revela que três deles (Mateus, Marcos e Lucas) são parecidos, especialmente quando contrastados com o Evangelho de João.
Com poucas exceções importantes os acontecimentos e ensinos incluídos no Evangelhos de João (p. ex. caps. 3:9; 11; 14) não são encontrados nos primeiros Evangelhos, enquanto que estes três possuem muito material em comum e compartilham de uma perspectiva semelhante. Por essas razões, os primeiros três Evangelhos são chamados de “Sinóticos”.
Uma comparação mais detalhada entretanto, revela uma grande variedade de diferenças tanto quanto de semelhanças. Algumas vezes, o material registrado é exatamente igual, enquanto que, outras vezes, há pequenas diferenças verbais. Em alguns casos a ordem dos eventos é a mesma, mas frequentemente isto não ocorre.
Do ponto de vista literário, estes fatos levantam perguntas difíceis. Como é que os Evangelhos se originaram? Teriam seus autores se utilizado dos escritos uns dos outros? Poderiam ter eles outros materiais disponíveis?
A resposta mais aceita é de que Marcos foi o primeiro evangelho e que Mateus e Lucas seguiram o seu esboço (Mc. 2:1-222; cf. Mt. 9:2-17; Lc. 5:18-38). Mas Mateus e Lucas têm alguns materiais importantes em comum que não são encontrados em Marcos (p. ex. Mt. 7;24-27; Lc. 6:47-49). Controvérsias à parte, o importante, é que Deus estava na direção, através da inspiração sendo o fator controlador. Deus usou acontecimentos históricos e a pesquisa pessoal dos escritores dos evangelhos para cumprir seus propósitos (cf. Lc.1:1-4).

                                                 A seguir: Os Quatro Evangelhos Comparados