A Fé, é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Hb.11:1

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quinta-feira, 28 de junho de 2012

MATEUS - CAPITULO 6

 

Atitudes dos Cidadãos do Reino.

Vs.1-7: 18 – Jesus compara a vida honesta que Ele espera de cada um, (5:20) com a hipocrisia dos Fariseus e seus seguidores. As seções correspondentes a 6:1-18 referem-se às práticas da piedade: a ajuda aos necessitados, a oração e o jejum. Nestes vs. Se estabelece um contraste entre fazer os atos piedosos (a vossa justiça) para serem visto pelos outros. (vs. 1-2, 5,16,18) e faze-los para que Deus os veja (vs. 4,6,18).

V. 1- Justiça. Jesus afirma o valor positivo que há na Justiça prática, mas somente quando praticada em submissão a Deus e por amor a Ele, ao invés de buscar a glória pessoal.

Exercer a vossa Justiça, A expressão refere-se às externalidades religiosas Mt 23:5. Embora outras pessoas possam ver tais atos, este fato não deve ser a motivação por detrás deles.

Como se devem dar Esmolas.

Os motivos secretos da vida, (Lc12: 1-12) vêm aqui ilustrados em três itens: Esmolas, 6:2-4; Oração, 6: 5-15 (caps. 11e18; Jejum, 6: 16-18 (Mc 2:18-22).

V. 2- Esmolas ou pratica do bem (no NT boas obras).

Todo o crente é chamado para fazer as boas obras, Ap 14:13; 1Co 11-15; 15:58

Hipócritas – No NT, o hipócrita é aquele que alega ter um relacionamento com Deus e amar a justiça, mas que está buscando seu próprio interesse, enganando-se a si mesmo. Os hipócritas no cap. 23 não tinham consciência de sua própria hipocrisia.

V.3- Ignore. Outra tradução possível: Não contes nem sequer ao teu amigo mais intimo. Cf. Lc 18:11.

Como se deve orar.

V. 5- orardes, comp. Mt 23:5; Lc 18:10-14

V. 7- não useis de vãs repetições, Essa proibição não contradiz o princípio de continuarmos pedindo a Deus aquilo que cremos ser da sua vontade. (Lc18), mas corrige a ideia de que Deus se impressiona com a quantidade de palavras.

 

Oração do Pai Nosso

V. 9- Esta oração é um modelo de brevidade, pedindo primeiro que Deus seja glorificado e, depois pelas necessidades humanas. È formada com uma invocação inicial e seis petições. As três primeiras se referem a Deus (o teu nome, o teu reino, a tua vontade); as outras quatro se referem aos homens, com forma e sentido comunitários (nós). Cf. Lc 11:2-4.

Pai nosso. Cf. Is 63 16; 64:8. São poucas as vezes que o AT se refere a Deus como Pai; Jesus toma esse conceito tornando-o parte essencial da fé do NT.

Pai = Aba. O grego tirou do aramaico esta palavra que significa “pai” e que caracteriza a maneira tão pessoal como Jesus se dirigia a Deus como Pai.Mc 14:36; Lc 11;2.

Santificado seja. Outra tradução possível: santifica (ver Mt 5:4) pede-se que Deus mesmo manifeste a sua santidade e poder entre os homens de maneira que todos o conheçam como Deus (cf. Ez 36:22, 23; também Jo 12:28).

V.10- Faça-se..no céu. Outra tradução possível: Realiza a tua vontade (ou os teus desígnios) na terra e no céu (isto é, em todo o universo).

V.11- pão nosso de cada dia. A palavra grega traduzida por “de cada dia” é conhecida só nesta oração. Tem sido entendida como significando o pão “diário”, “necessário”, “futuro”,ou de “amanhã”. Apesar de haver três interpretações básicas para ela, a mais aceita é a de súplica pela provisão de Deus das nossas necessidade físicas. Sendo também desenvolvida nos vs. 19-34 (Êx 16:4; Pv 30:8). Notar também o tema do pão em Jo 6:32-35.

V. 12 – As nossas Dividas. Expressão comumente usada na cultura hebraica com o significado de culpas ou pecados cometidos (cf. Mt 18:23-25).

Como nós perdoamos. O problema levantado pela natureza condicional deste pedido de perdão pode ser assim explicado.

No total desenvolvimento da doutrina cristã da Salvação, há duas áreas de perdão divino:

1. Primeira área é aquela do perdão, que é concedido ao pecador no momento da Justificação e trata da culpa dos seus pecados num sentido total (Ef. 1:7), a este perdão é vinculada uma condição, isto é, aceita-Lo uma vez por todas pela fé em Cristo (Rm. 4: 5-8).

2. Segunda área do perdão abrange, o relacionamento do divino Pai com aqueles que se tornaram seus filhos e trata especificamente da questão da comunhão quando é interrompida pelo pecado. Para obter esse perdão temos de confessar e abandonar o pecado (I Jo. 1:9; comp. Sl. 66:18 e Pv. 28:13). O perdão mencionado aqui no v. 12 pertence a esta área, porque aparece em oração dada aos discípulos de Cristo (5:2) que podiam chamar a Deus de Pai (6: 9,26).

O motivo principal porque devemos perdoar aos nossos deveres baseia-se na graça de Deus e aparece mais tarde no desenvolvimento da revelação (Ef. 4:32; Cl. 3:13; Mt. 18:).

O perdão dos pecados, que sob a lei mosaica ou na igreja sempre é pela graça de Deus e com base na expiação de Cristo. Entretanto, o caso de um crente confessar seu pecado e pedir o perdão de Deus enquanto guarda rancor contra outra pessoa, além de ser incongruente, é também hipocrisia. Se considerarmos o quanto Deus já nos perdoou de certo que perdoaremos aos outros.

(Ver Parábolas Mt. 18:15-35).

 

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quarta-feira, 13 de junho de 2012

 

Mateus cap. 5:38  –  Continuação

Da Vingança (Lc 6:27-30).

V. 38- Olho por olho. A intenção original de Êx. 21:24; Lv. 24:20; Dt. 19:21, é que a punição deveria ser justa e adequada ao crime. Estas limitações proibiam severamente a vingança maior, (tal como a de Lameque Gn. 4:23) e que houvesse diferentes penalidades para diferentes classes sociais. (Esta lei era conhecida como “lei de talião” limitava o castigo a uma pena correspondente à ofensa, Êx 21:23-25)

V. 39- Não resistais ao perverso. (Lm. 3:30 um tapa na face direita se considerava um insulto muito grave). Jesus mostra como deveríamos receber a injuria pessoal. Um filho de Deus deveria estar pronto a sofrer perda por assalto (v.39).

Nota- No contexto, isso significa “não busque restituição na corte”. Uma bofetada na face direita com as costas da mão significa tanto um insulto quanto uma injúria. A observância de Jesus pode lembrar as palavras do Servo do Senhor, em Is 50:6.

V.40 –42- Litígio. Regulamentos compulsórios

V.40-Túnica. Roupa de baixo.

Capa. Vestimenta externa mais cara, às vezes usada como coberta de cama (Êx. 22:26,27) e portanto não podia ser mantida durante a noite como garantia de pagamento de divida (Dt. 24:12,13).

V.41- Se alguém te obrigar. A possibilidade de um soldado romano coagir uma pessoa a servir como guia ou transportador de cargas era real, (até uma milha, 1,5 km). Mas mesmo se compelido por força a fazer alguma coisa por alguém, a pessoa pode demonstrar liberdade para fazer voluntariamente mais do que foi exigido, ao invés de fazer o serviço com má vontade.

 

(v. 42), mendicância; (v. 42b), empréstimo.

 

Do Amor ao Próximo Lc 6:32-36.

Vs. 43-47.  Amarás o teu próximo. (Lv 19:18,34), resume toda a tábua da lei (confira com Mt. 22:39).

Odiaras o teu inimigo. Esta adição que não é das Escrituras, desvia-se da lei do amor. Era uma falsa conclusão derivada do ensino dos escribas, (tirada de textos como Sl 139:21, 22 e outros), vinha da estreita compreensão daquilo que significava “próximo” que para os judeus era simplesmente outro judeu. Jesus mostra que a verdadeira intenção de Lv. 19:18 é incluir até os inimigos, (Lc. 10:29-37). (Estava implícito na maneira de Israel como nação, tratava seus inimigos, em alguns casos do AT e em Salmos. Embora que a assim tenha sido Jesus o proibiu.)

Amai os vossos inimigos. O amor “Ágape” prescrito é o amor inteligente que se esforça em libertar o inimigo de seu ódio. É o amor que levou Deus a dar o seu Filho para salvar o mundo Jo. 3:16. È, portanto a prova de que aqueles, que assim amam, são os verdadeiros filhos de Deus. Êx 23:4, 5; Pv 25:21; Rm 12:14_20; 13:8-10.

V. 45 - Torneis filhos, Jo 8:44.

V.48 – Sede vós perfeitos. O padrão que Deus exige do seu próprio povo é seu caráter perfeito. A perfeição de Deus inclui o amor benevolente (v.45). Mesmo que essa perfeição não seja atingida nesta vida, ela é o objetivo daqueles que se tornaram filhos do Pai. (Fl. 3:12-14).

(A palavra “perfeito”, como a Bíblia a usa em referencia aos homens, não se refere à perfeição sem pecado. Os personagens do Velho Testamento descritos como “perfeitos” obviamente não eram sem pecado (comp. Gn. 6:9; IRs. 15:14; II Rs. 20:3; I Cr. 12:38; Jó 1:1,8; Sl. 37:37). Embora algumas palavras hebraicas e gregas fossem traduzidas para “perfeito” , a ideia é geralmente de uma coisa completa em todos os detalhes (Hb. Tamam, gr. Katartizõ), alcançar um alvo ou atingir um propósito (gr. Teleioõ).

Três estágios da perfeição são revelados:

1- Perfeição posicional, já possuída por cada crente em Cristo (Hb. 10:14).

2- Perfeição relativa, isto é, maturidade espiritual (Fp. 3:15), especialmente em aspectos tais como a vontade de Deus (Cl. 4:12), no

ü Amor (I Jo. 4:17, 18).

ü Santidade (IICo. 7:1)

ü Paciência (Tg. 1:4),

ü “toda a boa obra” (Hb. 13:21).

A maturidade se alcança progressivamente, como em II Co. 7:1, “aperfeiçoando a nossa santidade”, e Gl. 3:3, lit. “estais agora sendo aperfeiçoados?” e é feita através dos dons do ministério concedido para “o aperfeiçoamento dos santos” (Ef. 4:12). E

3- A perfeição final, isto é a perfeição na alma, no espírito e no corpo, que Paulo nega ter alcançado (Fp. 3:12), mas que será realizada quando da ressurreição dos mortos (Fp. 3:11). Para o cristão, nada que careça da perfeição moral de Deus é o seu padrão absoluto de conduta, mas as Escrituras reconhecem que os cristãos não alcançam a perfeição sem pecado nesta vida (comp. I Pe. 1:15,16; I Jo. 1:8-10).

Perfeitos. Lv 11:44, 45; 19:2; Dt 18:13. Com a exortação de serem perfeitos como o Pai celeste, se resume todo o ensinamento dado em 5:17-48. Já em Lc 6:36, a exortação é de serem misericordiosos, como... é misericordioso vosso Pai.

A palavra implica em desenvolvimento total, crescimento em maturidade piedosa.

 

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quarta-feira, 6 de junho de 2012


Mateus cap. 5:31,32
Casamento e Divórcio
Ml. 2:14-16 – O casamento é uma relação exclusiva na qual um homem e uma mulher se entregam mutuamente um ao outro, numa aliança vitalícia e, com base nesse voto solene, eles se tornam “uma só carne” (Gn. 2:23; Ml. 2:14; Mt. 19:4-6).
“ A Confição de Westminster (XXIV.2) afirma: O matrimonio foi ordenado para o mútuo auxilio de marido e mulher, para a propagação da raça humana por sucessão legítima, e da igreja por semente santa, e para impedir a impureza” (licenciosidade sexual e imoralidade; (Gn. 1:28 2:18; 1Co. 7:2-9)”. O ideal de Deus para o casamento é para os cristãos e para os não-cristãos, mas é da vontade de Deus que os do seu povo se casem, só com cônjuges da mesma fé, ( 1Co. 7:39; cf. 2Cr. 6:14; Ed. 9:10; Ne. 13:23-27), o Senhor pergunta na sua palavra “E que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Co. 6:14). A intimidade, na sua mais sua mais profunda dimensão, é impossível quando os cônjuges não estão unidos na fé.
Paulo usa o relacionamento entre Cristo com a sua Igreja para explicar o que é o casamento cristão, de modo que ressalta a especial responsabilidade do marido, como o cabeça  e protetor da esposa, e conclama as esposas para aceitar seu marido nessa condição (Ef. 5:21-33). A distinção de papéis não implica em que a esposa seja pessoa inferior, pois como portadores da imagem de Deus, tanto o homem como a mulher tem igual dignidade e valor e devem cumprir seus papéis com mútuo respeito, baseados no  conhecimento desse fato. Deus odeia o divórcio (Ml. 2:16); contudo, determina disposições para o divórcio, que protegem a mulher divorciada (Dt. 24:1-4). Essas disposições foram promulgadas “por causa da dureza do vosso coração” (Mt. 19:8). A compreensão mais natural do ensino de Jesus (Mt. 5:31,32; 18:8,9) é que o adultério – o pecado da infidelidade conjugal – destrói a aliança do casamento e justifica o divórcio (ainda que a reconciliação fosse preferível) e que aquele que se divorcia de sua esposa por qualquer razão menor torna-se culpado de adultério, quando se casa de novo, e leva a esposa a cometer adultério, se ela também se casar de novo. O principio é que todos os casos de divorcio e de novo casamento leva ao termino, do ideal de Deus para a relação sexual. Perguntado quando o divórcio seria legitimo, Jesus respondeu que o divórcio é sempre deplorável (Mt. 19:3-6), mas não negou que os corações continuam a ser duros e que o divórcio, ainda que mau, podia às vezes ser permitido.
Paulo diz que o cristão  abandonado pelo cônjuge não-cristão, não está sujeito à servidão (1Co. 7:15). Isso evidentemente significa que o cristão pode considerar acabada a relação. Se esse fato confere o direito de um novo casamento tem sido matéria de muita disputa. A Confissão de Westminster (XXIV. 5,6), com sábia cautela afirma aquilo em que, à base da reflexão sobre as Escrituras acima referidas, ao longo do tempo, os cristãos Reformados concordam no que diz respeito ao divórcio:
“No caso de adultério depois do casamento, a parte inocente é licito propor o divórcio e, depois de obter o divórcio, se casar com outrem, como se a parte infiel fosse morta.
Embora a corrupção do homem seja tal que o incline a procurar argumentos a fim de, indevidamente, separar aqueles que Deus uniu em matrimonio, contudo nada, senão o adultério é causa suficiente para dissolver os laços matrimoniais, a não ser que haja deserção tão obstinada que não possa ser remediada pela igreja ..”

Dos Juramentos
V. 33 – “De modo algum jureis”. Jesus está se referindo a um legalismo estreito e enganador, que exige um juramento especial para obrigar o cumprimento daquilo que foi falado. A implicação de tal abordagem com relação à honestidade, é que só necessitamos ser verdadeiros sob juramento, (Lv. 19:12; Nm. 30:2; Dt. 23:22).

V. 37 – “Seja o vosso falar sim,sim”, é o suficiente para o crente.
 “O que passa disto”. Acrescentando juramento às nossas declarações, ou admitimos que não se pode confiar em nossas palavras costumeiras, ou nos rebaixamos ao nível de um mundo mentiroso. Que vem do maligno. (Jo. 8:44; Mt. 23:16-22; cf. Is. 66:1; Tg. 5:12).
(Alguns ensinavam que certos juramentos obrigavam mais que outros, pois, para evitar maiores responsabilidades, juravam por coisas menores. Jesus ensina que todos sempre devem ser fiéis à sua sua palavra, para que não tenham necessidade de jurar).


Nota – A verdade nos relacionamentos, especialmente entre cristãos, é divinamente ordenada (Ef 4:25; Cl 3:9), e o falar a verdade é essencial à piedade autêntica (Sl 15:1-3). Deus proíbe a mentira, o engano e falsos testemunhos (Êx 20:16; Lv 19:110. Jesus faz a mentira remontar a Satanás (Jo 8:44). Aqueles que como Satanás mentem, com o objetivo de enganar, de injuriar outros são severamente condenados nas Escrituras (Sl 5:9; 12:1-4; 52:2-5; Jr 9:3-6; Ap 22:15). Um modo de reconhecer a dignidade do nosso próximo, que traz em si a imagem de Deus, é reconhecer que ele tem direito à verdade. O falar a verdade mostra respeito devido ao nosso próximo e a Deus e é fundamental à nossa crença e ao amor ao próximo.  


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