A Fé, é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Hb.11:1

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terça-feira, 24 de abril de 2012

 

Continuação – Mateus cap. 4

 

V. 21- Tiago filho de Zebedeu. Quatro pessoas no NT. são chamadas por este nome:

1)- Tiago, o filho de Zebedeu, um apostolo (Mt. 10:2) e irmão do apostolo João, sem o qual ele nunca foi mencionado e com o qual, junto com Pedro, foi admitido à intimidade especial de Nosso Senhor (Mt. 17:1; Mc. 5:37; 9:2; 14:33). Ele foi martirizado por Herodes (At. 12:2).

2)- Tiago, o filho de Alfeu, que foi um dos doze apóstolos (Mt. 10:3). Ele é chamado Tiago , “o menor” (Mt. 15:40; isto é, mais baixo do que o Tiago, o filho de Zebedeu).

3)- Tiago, o irmão do Senhor (Mt. 13;55: Mc. 6:3; Gl. 1:19). Os filhos mais moços de Maria não creram em Jesus durante a Sua vida terrena (Jo. 7:5), mas se juntaram aos Seus discípulos depois da ressurreição (At. 1:14). Tiago veio a ser o líder da igreja em Jerusalém (At. 12:17; 15:13; 21:18; Gl. 1:19; 2:9,12) e escreveu a Epístola de Tiago. E

4)- Tiago, o pai do apostolo Judas (Lc.6:16; At. 1;13).

 

V. 23- Sinagogas. Mt. 9:35; Mc. 1:39. Cada comunidade judaica tinha a sua sinagoga ou casa de reunião. Durante as reuniões, o dirigente podia convidar algum dos presentes para comentar as Escrituras. (cf. Lc. 4:16-21; At. 13;14,15).

Ensinando… Pregando… curando. Ensinar envolvia a comunicação da natureza e propósito do reino de Deus, como é visto no Sermão do Monte (cap. 5-7) e nas parábolas do reino (cap. 13). Pregar era anunciar as boas novas de que o reino de Deus estava próximo, e que seus soberanos propósitos na história estavam sendo finalmente realizados. Curar, bem como ensinar e pregar, era sinal de que o reino já tinha vindo (Mt. 11:5).

Lunáticos. (Epiléticos). O único outro lugar em que esta palavra aparece, no NT., é em Mt. 17:15, onde é aplicada a um menino endemoninhado que exibe sintomas de ataque epilético.

 

V. 24- Síria. Pode se referir, em geral, a toda a província romana, que incluía a Palestina e as outras regiões vizinhas ou,  em especial à região situada ao norte da Galiléia. No uso romano, Síria aplicava-se a toda Palestina com exceção da Galiléia (cf. Lc. 2:2).

V. 25- Decápolis. Nome que significa dez cidades. Era uma confederação composta originalmente de dez povoados grego-romanos, nove das quais estavam situada a leste do rio Jordão.

 

 

 

CAPITULO 5 DE MATEUS

Cristo Versus “foi dito”.

Está na moda hoje em dia, entre os que querem depreciar o Velho Testamento, citar as palavras do Senhor no Sermão do Monte, quando Ele repetiu várias vezes: “Foi dito aos antigos… eu, porém vos digo..” Jesus repudiou assim ou pelo menos corrigiu a ética do Velho Testamento, é o que afirmam. Mas os que defendem esse ponto de vista, deixam de reconhecer a diferença entre a Lei escrita do Velho Testamento, e a Lei Oral, que se desenvolvera durante os quatro séculos do período intertestamentário.

A maneira usual de o Senhor citar o Velho Testamento é “Está escrito” (Mt. 4:4,6,7,10; 11:10; 21:13; 26:24,31), enquanto é usado no Sermão do Monte o “Foi dito”, indicando referência à Lei Oral. Ela ocorre seis vezes em Mateus, cp. 5  (21,22; 27,28; 31,32; 33,34; 38,39; 43,44).

Talvez seja objetado que alguns dos itens citados acham-se no Velho Testamento. Não obstante, o Senhor os menciona como foram transmitidos pela Lei Oral. Por exemplo, o primeiro “Não matarás; e quem matar estará sujeito a julgamento”. É o sexto mandamento do Decálogo acrescido do comentário da Lei Oral. Até esse ponto suas citações na verdade concordam com os principio do Velho Testamento; o Senhor em lugar de repudia-los, os intensifica, insistindo numa obediência interior e espiritual, assim como exterior e formal.

A própria existência da Lei Oral era um opressivo monumento ao literalismo e legalismo judaico. Os comentários de Jesus em cada caso tinham como propósito elevar os pensamentos dos ouvintes da simples letra para o espírito da Lei. A sua atitude para com o Velho Testamento e seu endosso total ao mesmo, são enfaticamente anunciados desde o inicio (v. 17-19).

 

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

 

V.4 – O Tanakh. O Antigo Testamento – mencionado como “escrituras ou “está escrito” na maioria das traduções. A palavra “Tanakh” é um acrônimo formado a partir das primeiras letras das três partes da Bíblia Hebraica.

1- Torá (“Ensinamento”) – os cinco livros de Moisés. ou Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio).

2- N`vi’im (“Profetas”) – os livros históricos (Josué, Juízes, Samuel, e Reis) os três Profetas Maiores (Isaias, Jeremias e Ezequiel) e os 12 Profetas Menores.

3- K’tuvim (“Escritos”) – Salmos, Provérbios, Jó os “cinco rolos” (Cânticos dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes e Ester); (Daniel, Esdras Neemias e Crônicas).

 

V. 4 - Mas de toda a palavra. em Dt. 8:3, isto se refere à Palavra de Deus de orientação no deserto e sua provisão do maná. Jesus não abandonará sua confiança em Deus, sabendo que Ele proverá. Jesus respondeu a cada tentação de Satanás reportando-se às Escrituras. A “espada do Espírito” é a Palavra de Deus (Ef. 6;17) e Jesus confiou nas Escrituras para obter a vitória em sua luta espiritual.

V. 10 – Retira-te Satanás. Jesus rejeita a idolatria como total zelo do verdadeiro culto. Ele ordena a Satanás que se retire, porque venceu “o valente” (Mt. 12:29). Está pronto para desfazer todas as obras do inimigo. E esta autoridade também nos foi dada por Jesus. – Em o nome de Jesus.

 

Jesus volta para a Galiléia, Mc. 1:12,13; Lc. 4:1-13.

V. 12 – Lc. 3;19,20. Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia e Peréia, mando prender e matar João Batista. Mt. 14:3; Mc. 6:17,18.

V. 13 – Cafarnaum, importante centro urbano e de comércio, com uma população mista de judeus e gentios, Jo. 2:12. era também a cidade de Pedro, Lc. 4:31,38.

Vs. 13,15,16 – Zebulom e Naftali. Duas antigas tribos de Israel que colonizaram o norte de Canaã. Cf. de Is. 9:1,2 os territórios de Zebulom e Naftali, que tinham sofrido nas guerras contra a Assíria, receberiam novamente as bênçãos de Deus, Mt. 1:22.

V. 15 – Galiléia dos gentios. Mateus realça o enfoque de Jesus sobre a nação de Israel, durante o ministério terreno, (Mt. 10:5,6). Contudo, sua observação de que o ministério de Jesus cumpre Is. 9:2 mostra que o mandato de ir aos gentios, em Mt. 28:19, não é uma reflexão posterior; o propósito último sempre incluiu as nações.

 

V. 17 – “…reino dos céus.” O conceito do reino de Deus não se refere a um lugar nem a uma época, mas a uma condição na qual as promessas de Deus de um universo restaurado, livre do pecado e da morte, são, ou começam a ser cumpridas.

O Novo Testamento ensina duas coisas aparentemente contraditórias sobre o reino de Deus; que ele está próximo ou presente (Mt. 4:17; 12:34; Lc. 17:21), e que ele está por vir (Mt. 24:1; Jo. 18:36; At. 1:6,7).

Hoje o reino de Deus vem imediato e verdadeiramente – mas de forma parcial – para todos aqueles que depositam sua confiança em Jesus e sua mensagem, comprometendo-se assim a viver a vida santa que o governo de Deus demanda. Como um exemplo da “parcialidade”, eles tem paz em seu coração, muito embora não exista paz no mundo. Entretanto, no futuro, no final da história da era presente, quando Jesus retornar, Ele vai inaugurar o reino  verdadeiro e completamente (Ap. 19:6); Então Deus cumprirá o resto das suas promessas sobre o Reino.

A realeza de Deus sobre o povo eleito e por meio dele sobre o mundo, ocupa o centro da pregação de Jesus, como o ocupava no ideal teocrático do A.T.. Ela admite um Reino de “santos”, dos quais Deus será realmente o Rei, porque o seu reinado será reconhecido por eles no conhecimento e no amor. Essa realeza, comprometida em virtude da revolta do pecado, deve ser restabelecida por intervenção soberana de Deus e do seu Messias (Dn. 2:28; 7:13,14). É essa intervenção que Jesus, depois de João Batista (Mt. 3:2), comunica como iminente (Mt. 4:17,23; Lc. 4;43). Antes da sua realização escatológica definitiva, na qual os eleitos viverão junto ao Pai na alegria do banquete celeste (Mt. 8:11; 13:43; 26,29), o reino aparece com inicio humilde (Mt.13:31-33), misterioso (Mt. 13:11), e contraditório (Mt.13:24-30), como uma realidade já começada (Mt.12:28; Lc. 17:20,21). em relação com a igreja (Mt. 16:27). Pregado no universo pela missão apostólica (Mt. 10:7; 24:14; At. 1:3). será definitivamente estabelecido e entregue ao Pai (1Co. 15:24), pelo retorno gloriosos de Cristo (Mt. 16:27; 25:31), por ocasião do julgamento final (Mt.13:37-42, 47-50; 25:31-46). Esperado torna-se presente como grande graça (Mt. 20:1-16; 22:9,10; Lc. 12:32), aceita (graça) pelos humildes (Mt.5:3; 18:3,4; 19:14,23,24), e pelos desapegados (Mt. 13:44-46; 19:12; Mc. 9:47; Lc. 9:62; 18:29). Rejeitada pelos soberbos e pelos egoístas Mt. 21:31,32,43; 22:2-8; 23;13). Só se entra nele com veste nupcial (Mt. 22:11-13), da vida nova (Jo. 3:3,5); há excluídos (Mt. 8:12; 1Co. 6:9,10; Gl. 5:21). É preciso vigiar para estar pronto quando Ele chegar de improviso (Mt. 25:1-13).

 

A Vocação dos Discípulos, Mc. 1:16-20; Lc. 5:1-11.

V. 18 – Redes. Usavam principalmente duas espécies de redes naquela época; a tarrafa ou rede cônica, que se lançava à água com força dos braços e a rede varredoura, que era arrastada entre dois barcos.

V. 19 – Vinde após mim. Esta foi sua chamada ao serviço, pois Pedro e João já eram discípulos de Jesus (Jo. 1:35-42). Ilustra a objetividade, a profundidade e o poder das ordens de Cristo, (“ide..” 28:19; “amai-vos uns aos outros” Jo. 13:34).

 

 

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terça-feira, 10 de abril de 2012


MATEUS Capitulo 4  -  Continuação

V. 1- Tentado. Ainda que Deus mesmo não tente ninguém, (Tg. 1:3), as tentações que sofremos estão incluídas no soberano plano de Deus para o nosso bem. Se vencermos, seremos fortalecidos, se sucumbirmos, reconhecemos mais claramente a necessidade que temos de mais santificação e graça. 
A tentação de Jesus forma um paralelo com a provação de Israel no deserto. Os quarenta dias correspondem aos quarenta anos de caminhada do povo, (cf. Nm. 14:34). Este evento recorda Dt. 8:1-5, usado por Jesus em resposta a uma das tentações. A experiência de Israel no deserto foi o tipo ou a sombra da tentação de Jesus no “deserto”, após o batismo.
As tentações apelam para motivações comuns: impulsos físicos; orgulho e desejo de possessões, (1Jo. 2:16). Cada uma delas é apontada especialmente ao Messias, Satanás apela para Jesus em termos do seu direito divino: “se tu és o filho de Deus” (vs. 3,6; cf. 27,40). A terceira tentação oferece para Jesus um caminho para a realeza que evita a cruz. Jesus foi tentado em tudo aquilo em que nós também somos tentados, Hb. 4;15, mas não pecou. Ele nos representa diante de Deus como o “misericordioso e fiel sumo sacerdote”, Hb. 2;17, porque conhece, por meio de sua natureza humana, o que é resistir às tentações.

Diabo. A palavra grega “diabolos” é traduzida do hebraico satan, “adversário, oponente, rebelde.”
Em Isaias 14:11-15, nas entrelinhas de uma referencia ao rei da Babilônia, pode-se ler sobre a queda de uma criatura que certa vez foi poderosa e bela, mas que em seu orgulho rebelou-se contra Deus e tornou-se o oposto dEle; Ez. 28:11-19 é similar.
Por outro lado Jó 1-2 é claro ao apresentar Satanás como o oponente tanto de Deus quanto do homem.
Em Gênesis 3, como serpente, ele tenta Adão e Eva a desobedecerem a Deus; a equivalência entre o Adversário e a serpente fica clara em Ap. 12:9, que diz “o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás, que engana todo mundo”.

Satanás é uma criatura, de modo algum é igual ao seu Criador, ainda assim ele é a fonte original de todo o pecado, mal e oposição a Deus.
O livro de Jó ensina que a razão pela qual um Deus bom e Onipotente permite essa oposição é um mistério, mas que Deus permanece no controle perfeito e sem comparação. Isso nós vemos claramente em Jó 40-41, em que “Beemote” e “Leviatã” são vistos como figuras do Adversário, pois quando Deus desafia Jó para lidar com elas, ele responde: “Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza” Jó 42:6.
Tanto o V.T., quanto o Novo Testamento assumem a existência de uma ação sobrenatural de anjos bons e obedientes, que servem a Deus, e de anjos (demônios) maus e rebeldes, que servem ao Adversário.
Satanás é considerado como responsável por tudo aquilo que se opõe à obra de Deus e de Cristo, 13:39; Jo. 8:44; 13:2; At. 10:38; Ef. 6:11; 1Jo3:8. A sua derrota assinalará a vitória final de Deus, Mt. 25:41; Hb. 2:14; Ap. 12:9,12; 20:2,10.

V. 2- “quarenta dias e quarenta noites”. A permanencia de Jesus no deserto durante quarenta dias sem comer e as provas às quais foi submetido recordam as experiências do povo de Israel no deserto quando saiu do Egito. As citações bíblicas dos vs. 4-10 referem-se àquela experiência histórica. Israel fracassou na prova, porém Jesus se manteve fiel à sua missão, Cf. Hb. 2:18; 4:15.

V. 3- “Se você é filho de Deus”. Satanás apresenta a Jesus cada uma das três categorias de tentações especificadas por João, 1Jo. 2:15-17:
“a concupiscência da carne” (Rm. 7:5) – “Se você é filho de Deus ordene que essas pedras se transformem em pães”;
“a concupiscência dos olhos” – “… mostrou-lhe todos os reinos do mundo…”
“e a soberba da vida” – o Diabo o transportou à cidade santa Jerusalém, e  o colocou sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: “Se você é o Filho de Deus, pule”.
Satanás usou a mesma formula no Jardim do Éden:
“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer” – concupiscência da carne.
“e agradável aos olhos” – concupiscência dos olhos,
“e árvore desejável para dar entendimento” soberba da vida, “tomou do seu fruto e comeu” Gn. 3;6, E continua usando-a contra cada um de nós.
Jesus usou a Palavra para resistir a Satanás. Demonstrando assim o poder da Palavra de Deus ao resistir ao Tentador, citou: Deuteronômio 8:3 no v.4; Deuteronômio 6:16, no v.7 e Deuteronômio 6:13 no v.10.
Satanás “o pai da mentira” (Jo. 8:44) ousou deturpar as Escrituras para enganar, Salmo 91:11,12 no v.6.
Satanás usa o Sl. 91:11,12 de um modo exatamente oposto ao sentido original. O Sl. 91 é uma exortação para se confiar em Deus; Satanás tenta substituir a confiança por um teste, lançando dúvida sobre a fidelidade de Deus. Não há lugar para a presunção em uma grande fé. Fé e presunção são incompatíveis.

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terça-feira, 3 de abril de 2012

 

Continuação.

 

O Local do Batismo de Jesus.

O local escolhido por Deus para apresentar o Messias á nação foi o baixo Jordão, no mesmo ponto, ou perto, onde as águas se dividiram para a travessia de Josué, quando da entrada de Israel em Canaã

Logo todos os olhares convergiram para ele, (João), indagando se não seria o Messias. Depois, apoiado por uma demonstração lá do céu, declarou que Jesus era o Messias. Aí, logo após, nessa mesma região seguiu-se o primeiro ministério de Jesus, e exerceu também seu último ministério.

Este local nos traz muitas lembranças:

Na direção Leste, nos limites do Vale do Jordão, ergue-se o Monte Nebo, onde Moisés tivera um vislumbre da Terra Prometida e ali o Senhor o sepultou. Também, em alguma parte entre o Jordão e o Nebo, carros celestes transportaram Elias para se juntar a Moisés na glória. Oito km ao Oeste, nos limites do vale, ficava Jericó, cujos muros  caíram ao som da trombeta a mando de Josué. Logo acima Jericó nos contrafortes do ribeiro de Querite, os corvos alimentaram Elias. Um pouco acima, no cume da cadeia de montanhas, ficava Betel, onde Abraão erigira um altar a Deus e onde Jacó, vira a escada celeste por onde os anjos subiam e desciam (á qual se reportou Jesus, conversando com Natanael, logo depois da tentação naqueles arredores). Próximo, para o Sul na mesma cadeia montanhosa, fica Jerusalém, a Cidade Santa, cidade de Melquisedeque e de Davi. Para o Sul, além do Mar Morto, era a planície onde jaziam as ruínas de Sodoma e Gomorra.

 

 

CAPITULO QUATRO DE MATEUS.

A Tentação no Deserto ou o Triunfo de Jesus sobre Satanás.

 

Vs. 1-11 – Qual o motivo da tentação de Jesus?

Cristo como o novo Ser humano representativo, devia ser testado e provado. O próprio Espírito que descera sobre Ele com suavidade de uma pomba, o “leva” agora para o deserto, onde Satanás lhe preparou uma emboscada quando Ele se sentia enfraquecido pelo jejum.

É essencial compreender que o Senhor achava-se ali como homem. Como Deus Ele não poderia ser tentado, (Tg. 1:13). A sua humanidade foi visada. Com engenhosidade aparente piedosa, Satanás imediatamente procurou obscurecer seu objetivo. “Se és Filho de Deus” – uma alusão à voz do céu no Jordão – “manda que estas pedras se transformem em pães”. Mas Jesus na mesma hora colocou o assunto em foco, com a sua resposta: “Está escrito: não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”.

Da mesma forma que a natureza humana, tem três aspectos (tricotomia) – corpo, alma e espírito – as três abordagens de Satanás foram sucessivamente dirigidas às três áreas da natureza humana do Senhor.

A  primeira tentação, referia-se ao corpo, (“Manda que estas pedras se transformem em pães”.)

A segunda, à alma (“Atira-te daqui abaixo”, exiba-se).

A terceira, era dirigida diretamente ao espírito, (“Se prostrado, me adorares”).

 

A primeira sugeriu algo razoável (normal do ser humano).

A segunda algo discutível.

A terceira era definitivamente errada.

 

Quão frequentemente essa é a técnica da tentação de Satanás! – física,psíquica e espiritual – do que é razoável para o discutível, do discutível para o condenável.

Na primeira, vemos o disfarce da simpatia.

Na segunda, o verniz da admiração.

Na terceira, a mascara foi retirada e o motivo real fica exposto – “Adore-me”.

 

Por três vezes a espada brilha na mão do Senhor, enquanto Ele repele o tentador com as palavras “Está escrito”. Três vezes vemos o segredo da vitória – submissão à Palavra de Deus. A vitória é tão completa que na repulsa final Jesus afasta o arqui-inimigo, dizendo: “Retira-te, Satanás, porque está escrito: adorarás ao Senhor teu Deus, e só a ele darás culto”. Dt. 6:13; 10:20.

Logo após “vieram anjos e o serviam”. Sua fome foi assim satisfeita sem necessidade de transformar pedras em pães; a Escritura também se cumpriu, “Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem”, sem precisar atirar-se do pináculo do templo! Deus sempre faz com que seus anjos atendam aos que vencem pela fidelidade à sua Palavra.

 

(Cristo veio como representante da humanidade, e sendo sua missão a de destruir as obras do diabo, era conveniente que começasse o seu ministério com uma vitória sobre o grande adversário da raça. O capitulo 4, registra o seu grande triunfo sobre Satanás).

 

 

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