A Fé, é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Hb.11:1

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terça-feira, 10 de abril de 2012


MATEUS Capitulo 4  -  Continuação

V. 1- Tentado. Ainda que Deus mesmo não tente ninguém, (Tg. 1:3), as tentações que sofremos estão incluídas no soberano plano de Deus para o nosso bem. Se vencermos, seremos fortalecidos, se sucumbirmos, reconhecemos mais claramente a necessidade que temos de mais santificação e graça. 
A tentação de Jesus forma um paralelo com a provação de Israel no deserto. Os quarenta dias correspondem aos quarenta anos de caminhada do povo, (cf. Nm. 14:34). Este evento recorda Dt. 8:1-5, usado por Jesus em resposta a uma das tentações. A experiência de Israel no deserto foi o tipo ou a sombra da tentação de Jesus no “deserto”, após o batismo.
As tentações apelam para motivações comuns: impulsos físicos; orgulho e desejo de possessões, (1Jo. 2:16). Cada uma delas é apontada especialmente ao Messias, Satanás apela para Jesus em termos do seu direito divino: “se tu és o filho de Deus” (vs. 3,6; cf. 27,40). A terceira tentação oferece para Jesus um caminho para a realeza que evita a cruz. Jesus foi tentado em tudo aquilo em que nós também somos tentados, Hb. 4;15, mas não pecou. Ele nos representa diante de Deus como o “misericordioso e fiel sumo sacerdote”, Hb. 2;17, porque conhece, por meio de sua natureza humana, o que é resistir às tentações.

Diabo. A palavra grega “diabolos” é traduzida do hebraico satan, “adversário, oponente, rebelde.”
Em Isaias 14:11-15, nas entrelinhas de uma referencia ao rei da Babilônia, pode-se ler sobre a queda de uma criatura que certa vez foi poderosa e bela, mas que em seu orgulho rebelou-se contra Deus e tornou-se o oposto dEle; Ez. 28:11-19 é similar.
Por outro lado Jó 1-2 é claro ao apresentar Satanás como o oponente tanto de Deus quanto do homem.
Em Gênesis 3, como serpente, ele tenta Adão e Eva a desobedecerem a Deus; a equivalência entre o Adversário e a serpente fica clara em Ap. 12:9, que diz “o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás, que engana todo mundo”.

Satanás é uma criatura, de modo algum é igual ao seu Criador, ainda assim ele é a fonte original de todo o pecado, mal e oposição a Deus.
O livro de Jó ensina que a razão pela qual um Deus bom e Onipotente permite essa oposição é um mistério, mas que Deus permanece no controle perfeito e sem comparação. Isso nós vemos claramente em Jó 40-41, em que “Beemote” e “Leviatã” são vistos como figuras do Adversário, pois quando Deus desafia Jó para lidar com elas, ele responde: “Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza” Jó 42:6.
Tanto o V.T., quanto o Novo Testamento assumem a existência de uma ação sobrenatural de anjos bons e obedientes, que servem a Deus, e de anjos (demônios) maus e rebeldes, que servem ao Adversário.
Satanás é considerado como responsável por tudo aquilo que se opõe à obra de Deus e de Cristo, 13:39; Jo. 8:44; 13:2; At. 10:38; Ef. 6:11; 1Jo3:8. A sua derrota assinalará a vitória final de Deus, Mt. 25:41; Hb. 2:14; Ap. 12:9,12; 20:2,10.

V. 2- “quarenta dias e quarenta noites”. A permanencia de Jesus no deserto durante quarenta dias sem comer e as provas às quais foi submetido recordam as experiências do povo de Israel no deserto quando saiu do Egito. As citações bíblicas dos vs. 4-10 referem-se àquela experiência histórica. Israel fracassou na prova, porém Jesus se manteve fiel à sua missão, Cf. Hb. 2:18; 4:15.

V. 3- “Se você é filho de Deus”. Satanás apresenta a Jesus cada uma das três categorias de tentações especificadas por João, 1Jo. 2:15-17:
“a concupiscência da carne” (Rm. 7:5) – “Se você é filho de Deus ordene que essas pedras se transformem em pães”;
“a concupiscência dos olhos” – “… mostrou-lhe todos os reinos do mundo…”
“e a soberba da vida” – o Diabo o transportou à cidade santa Jerusalém, e  o colocou sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: “Se você é o Filho de Deus, pule”.
Satanás usou a mesma formula no Jardim do Éden:
“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer” – concupiscência da carne.
“e agradável aos olhos” – concupiscência dos olhos,
“e árvore desejável para dar entendimento” soberba da vida, “tomou do seu fruto e comeu” Gn. 3;6, E continua usando-a contra cada um de nós.
Jesus usou a Palavra para resistir a Satanás. Demonstrando assim o poder da Palavra de Deus ao resistir ao Tentador, citou: Deuteronômio 8:3 no v.4; Deuteronômio 6:16, no v.7 e Deuteronômio 6:13 no v.10.
Satanás “o pai da mentira” (Jo. 8:44) ousou deturpar as Escrituras para enganar, Salmo 91:11,12 no v.6.
Satanás usa o Sl. 91:11,12 de um modo exatamente oposto ao sentido original. O Sl. 91 é uma exortação para se confiar em Deus; Satanás tenta substituir a confiança por um teste, lançando dúvida sobre a fidelidade de Deus. Não há lugar para a presunção em uma grande fé. Fé e presunção são incompatíveis.

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